quarta-feira, 11 de abril de 2012

Páscoa - 2012

Nossa páscoa foi recheada de emoção e adrenalina...
Merecia ter transcorrido ao som de O dueto das flores, tirado da ópera Lakmé, de Léo Delibés com as maravilhosas Katherine Jenkins e “Dame” Kiri Te Kanawa...
E também Barcarolle (que me emociona desde que assisti “O velho e o mar”), da ópera Os contos de Hoffmann, de Jacques Offenbach com as divinas Anna Netrebko e Elina Garanca.
Infelizmente eu esqueci o CD no carro... Então a trilha sonora fica para a próxima aventura









Marinharia 2

Não chega a ser trabalho de marinharia, propriamente... Mas como tem a ver com segurança na navegação, e foi feito artesanalmente, estou postando aqui também.

Cinto de segurança


Este da foto foi o protótipo; depois do teste decidi reduzir o talabarte à metade do comprimento. Confeccionamos mais 3, todos em cores diferentes; agora em regatas toda a tripulação fica amarrada, e em passeios, eu e a almiranta adotamos procedimento de solitário.
Material necessário:
Fita para cinto de segurança de carro (2 peças c/ 1,20m)
Fita para cinta de nylon (2 metros)
2 argolas de 1 1/4"
Linha de poliamida para a costura
1 Mosquetão
Equipamento: máquina doméstica de costura
Tempo gasto: cerca de 1 hora

O mosquetão foi adquirido em loja de montanhismo, a linha de poliamida em armarinho de aviamentos e os demais itens em loja de material para estofaria; tudo não custou mais que 30 reais.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AVATAR

A definição mais simples e direta que conheço da palavra avatar diz: “Encarnação de um ser divino”; simplista demais, até mesmo para referir-se aos avatares historicamente conhecidos, como o Krishna do hinduísmo ou o Jesus de nós, ocidentais. Não vou mencionar outros pra não espantar os leitores que bravamente resistiram a mais de quatro linhas deste cansativo prólogo.
Avatar, até onde consegui aprender, é um corpo físico, por meio do qual um ser manifesta a vida em um mundo ou dimensão, os quais não estejam preparados para recebê-lo... O próprio filme “Avatar” retrata, ainda que superficial e precariamente este conceito.
O meu Avatar por sua vez, carrega em si a essência do nome, cujo profundo significado as palavras não alcançam, e somente iniciados nas ciências herméticas entenderiam completamente.
Sem mim ele é apenas um barco, menos ainda, um corpo plástico flutuante, oco, boiando inerte preso à poita. Porém, quando subo a bordo, ele ganha vida... Respira, se mexe... Contorce-se a cada marola que passa... A adriça muda o tom das batidas no mastro, como quem diz: “O que estamos esperando?”
E sair com ele para o mar é a própria celebração da vida. Velejando-o sinto a energia fluir em sua plenitude por cada poro, cada fio de cabelo, cada estai e cada curva do casco... Sinto as ondas dividindo-se à proa como a me refrescar o peito, e o vento assoviar inflando as velas como a sussurrar seus segredos em meu ouvido... Nesse momento eu sou ele, e ele sou eu.
Empresto-lhe minha vida, minha paixão, meus sonhos e minha energia... E ele empresta-me sua anatomia perfeita, sua liberdade e seus horizontes. Juntos, vivemos. Através dele posso atender ao chamado do mar que ecoa em minhas entranhas desde a infância. Sempre soube que um dia teria um barco com esse nome, e minha primeira experiência marcante com esse barco não me deixou dúvidas... Era ele.
Ao desembarcar, volto ao marasmo autômato e letárgico do arremedo que chamamos de vida em terra firme, enquanto ele adormece novamente na poita até meu retorno... É, sem dúvida, um avatar, o meu Avatar.